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terça-feira, 8 de março de 2011

O Perdão

A vida de casado não é nada fácil. Juntar duas pessoas que têm cultura, temperamento e educação diferentes não é uma das tarefas mais pacíficas. Somente Deus sendo a terceira dobra para o casamento não se arrebentar (Ec 4.12).
O divórcio não é obrigatório quando acontece o adultério. Principalmente se tratando de um casal cristão. Em primeiro lugar ninguém está isento da exposição às tentações. Embora tenhamos a santidade como alvo absoluto, não podemos nos achar livres de qualquer queda. Pensar estar de pé é o primeiro passo para a queda (1Co 10.12). Em segundo lugar, dificilmente somente um dos cônjuges é responsável pelo adultério. É claro que mais culpado é aquele que praticou o ato mas isso não isenta a outra parte de assumir sua parcela de culpa embora talvez pequena. Problemas como falta de diálogo, egocentrismo, falta de apetite sexual, impaciência e frigidez são as questões mais comuns que podem deixar um cônjuge enfraquecido diante da exposição a tentação de ter um relacionamento extraconjugal (Mt 5.32).
Já ouvi muitos crentes dizerem frases como. “Se meu cônjuge adulterar, não tem volta”. Tal atitude é estranha ao evangelho pois não foi este o tipo de amor que Deus sempre demonstrou por seu povo. Mesmo diante da infidelidade de Israel, Deus o atraiu com seu amor eterno (Jr 31.3). Nosso Senhor chamou pelo amor seu povo em adultério (Jr 3.1) e ainda o faz ao nos perdoar de nossos constantes pecados.
A atitude do marido ou da mulher traída deve ser antes de tudo perdoar.
O divórcio não é uma carta branca para guardar mágoa, ira ou ressentimento. Independentemente da atitude a ser tomada, o cônjuge traído é obrigado por Deus a perdoar (Mt 18.32-33).
Devemos lembrar que esta luta pela preservação do casamento esta diretamente ligada a disposição do cônjuge adúltero de mudar de atitude. Se não houver esta disposição e continuamente houver adultério dentro do casamento, a parte fiel não pode ficar passiva. Aquele que consente em dormir com um adúltero impenitente torna-se igualmente adúltero.

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